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terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Último Beijo



O Último Beijo
Era um casal, não era aqueles de filmes, não era aquele que sempre se desentendia, era apenas um casal.Todos os seus dias se iniciavam com um simples beijo e se encerravam com outro. Eles geralmente estavam juntos, e quando estavam longe um do outro, o doce perfume das flores, que lhes acompanhava desde seus primeiro encontro, aliviava a saudade.
Certo dia, caminhavam pela pequena praça, de uma pequena cidade.Ao voltarem para casa, o aroma das flores amargava, o tempo..parecia que não passava, as lágrimas percorriam pelo seu rosto, o coração dele não batia mais, apenas era tarde de mais, não aguentou a batida, ele tentou falar, mas seu esforço de nada adiantara. Ela agoniada, se lamentou, implorou, beijou seu cadáver, mas ele nem um dedo movimentou. Ficou viúva, esta noite não se encerraria com um beijo, e sim, com a perda de uma vida.
Acordou, pra lado virou, esperava um beijo, ao juntar seus lábios lembrou, que o tempo dele já acabou. Voltava a se lamentar, não conseguia parar de chorar. Seus passos eram lentos, ia no enterro de seu amado só para passar o tempo, voltou para casa e mais uma noite era encerrada, porém sem um beijo.
Todos os dias acordava com os lábios secos, só queria alguém para lhe beijar, porém agora já não havia ninguém mais para amar.Queria ele de volta, mas ele não voltaria, mais uma noite se encerraria sem o beijos que queria.
Os anos se passaram, o aroma permanecia, seu rosto estava seco de tanto que chorara, ela envelhecia, mas o desejo por aquele beijos permanecia. Andava pelas ruas, mas nada aliviaria, a morte de seu amor lhe deixara grandes feridas.Voltou para casa, esta noite não dormiu, apenas desejou que pudesse beijá-lo. Para matar a saudade pegou um álbum, viu a foto de seus beijos, pegou um álbum, viu as fotos de seus beijos, pegou um retrato e pressionou seus lábios numa foto dele, mas de nada adiantara. Levantou, beijou os antigos pertences de seu amado, mas mesmo assim seu coração não ficou aliviado.
Na manhã seguinte, foi até a praça em que aconteceu a tragédia, o aroma lá permanecia, aproximou-se de um poste, onde estava no dia da morte de seu marido, chorou, viu o poste, fechou os olhos, e o beijou, o beijo lembrava o de seu marido, seu coração começou a se aliviar, o aroma voltava a ser doce. Abriu os olhos lentamente, estava começando a ficar demente, parou de beijá-lo, voltava a chorar, se lamentava do estado em que se encontrava, preferiu esconder seu momento de loucura, nem sequer quis pedir ajuda; agora, apenas se encontrava sentada na rua. Já anoitecia, voltou para casa, para sua triste vida.
Os dias se passavam, o aroma doce na praça permanecia; as pessoas, que caminhavam por lá, avistavam marcas de batom pelos postes, essas marcas eram a busca da viúva pela sua antiga vida.

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