POLTRONA 17
João era um homem modesto, de família simples. Vivia em São Paulo, pelo menos duas vezes por semana visitava sua família no interior. Sempre pegava o mesmo ônibus e sempre sentava no mesmo lugar. Até que um dia, acordou às seis e meia da manhã, tomou café, escovou os dentes, vestiu sua roupa favorita e foi trabalhar. De noite, após o trabalho, pegou o ônibus que sempre pegava e, como o lugar onde sempre sentava estava ocupado, sentou em outro lugar. Chegando em seu ponto, o ônibus parou, João desceu, andou três quadras e meia. Em direção à casa dos seus familiares, após dar mais um passo, um carro o atropelou. João morreu na hora. Depois do seu acidente, vários carros passaram por cima do seu cadáver.
Nice estava feliz em saber que sua filha ia ter um bebê, quando soube da notícia, pegou o primeiro ônibus para a cidade em que sua filha morava. Ela estava tão contente que comprou lindas roupinhas para bebês da melhor loja da cidade. Cinco longas horas de viagem e Nice já estava cansada de ficar na mesma posição naquela poltrona desconfortável.
Quando o ônibus chegou à rodoviária, Nice foi a primeira a descer, estava com tanta pressa, tão emocionada... Entrou num táxi, e, chegando em frente à casa de sua filha, desceu do carro e ascendeu um cigarro, na segunda tragada ela sentiu um aperto do lado esquerdo de seu peito, era seu coração. Nice tinha enfartado. Não sentia mais as suas pernas e deixou-se cair. Agora, ela estava morta.
Maria morava no interior, ia todo dia para São Paulo em busca de trabalho, duas vezes por semana, quando voltava para sua cidade, via um rapaz que sempre pegava o mesmo ônibus e que sempre sentava no mesmo lugar. Certo dia, ela resolveu se aproximar dele, sentou em um lugar próximo a ele, conversou e então chegou ao seu destino, desceu, andou até sua casa, foi abordada por dois bandidos, recusou a entregar seus pertences e um tiro acabou dando o ponto final em sua história.
Quando me contaram essas histórias eu sempre me perguntava o que elas tinham de mais. Até que um dia, descobri um fato comum nas três mortes. Antes das vítimas morrerem, elas sentaram no mesmo lugar...
Quando o ônibus chegou à rodoviária, Nice foi a primeira a descer, estava com tanta pressa, tão emocionada... Entrou num táxi, e, chegando em frente à casa de sua filha, desceu do carro e ascendeu um cigarro, na segunda tragada ela sentiu um aperto do lado esquerdo de seu peito, era seu coração. Nice tinha enfartado. Não sentia mais as suas pernas e deixou-se cair. Agora, ela estava morta.
Maria morava no interior, ia todo dia para São Paulo em busca de trabalho, duas vezes por semana, quando voltava para sua cidade, via um rapaz que sempre pegava o mesmo ônibus e que sempre sentava no mesmo lugar. Certo dia, ela resolveu se aproximar dele, sentou em um lugar próximo a ele, conversou e então chegou ao seu destino, desceu, andou até sua casa, foi abordada por dois bandidos, recusou a entregar seus pertences e um tiro acabou dando o ponto final em sua história.
Quando me contaram essas histórias eu sempre me perguntava o que elas tinham de mais. Até que um dia, descobri um fato comum nas três mortes. Antes das vítimas morrerem, elas sentaram no mesmo lugar...
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